Benfica - Sporting: no ataque estão os trunfos
Entre os avançados estão as grandes ameaças de golo do dérbi de amanhã. Quem marcará um golo que pode valer título?
Na Liga Portuguesa, Gyokeres quase substituiu a palavra golo. É o sueco a ameaça que paira sobre os sonhos de conquista do Benfica, é o avançado que dá asas ao Sporting na luta pelo bicampeonato. Com 44 participações em golos na presente temporada, a sua valia é inquestionável, sem espaço para surpresas. Todos sabem o que Gyokeres pode fazer, mas difícil é conseguir travá-lo. Do lado do Benfica, dois jogadores que foram descartados, à vez, nos anteriores dérbis da temporada surgem como inquestionáveis no ataque de Bruno Lage. Pavlidis conquistou com golos em grandes noites, acrescentados a uma capacidade de entrega ao coletivo que sempre fizeram dele uma peça fundamental no onze encarnado. Akturkoglu é o mágico de serviço num ataque de extrema mobilidade que poderá tirar as referências à defensiva encarnada. Como poderão ajudar os avançados a definir a corrida pelo campeonato?
Trunfos de treinadores à procura do controlo
Ángel Di Maria e Pedro Gonçalves, ambos a braços com problemas físicos, não foram os jogadores mais presentes na caminhada de cada equipa. Em véspera de dérbi decisivo, acabam por surgir como trunfos a utilizar pelos seus treinadores. O argentino nunca marcou ao Sporting e traz mais esse desafio para uma frente de ataque onde a sua criatividade podem ser a peça que falta para chegar à vantagem necessário para levar o título. Pedro Gonçalves, desde que chegou ao Sporting, já marcou por quatro vezes ao Benfica, mas oferece, acima de tudo, uma capacidade de controlo com bola e de gestão das qualidades ofensivas que podem fazer a diferença.
No fundo, são dois treinadores à procura de controlo num jogo que tem tudo para ser emocionalmente instável e com tudo a poder deslizar para o descontrolo.
Para Bruno Lage, a possibilidade de conquistar um segundo título no Benfica, de novo entrando com a época em andamento, é uma reconciliação que procura desde que saiu da Luz. Se nos outros dois dérbis da temporada procurou sempre surpreender através de mudanças no onze, para o jogo decisivo tudo aponta que entre com a sua melhor equipa, até porque só um resultado lhe interessa, ganhar. Rui Borges tem o seu primeiro título em mira. Chegou numa fase em que o Sporting parecia perder todas as suas bases competitivas, recuperou jogadores e uma ideia de equipa, conseguiu trazê-la até ao derradeiro momento em vantagem perante o seu adversário. Na Luz não tratará só de a defender, mas quererá dar o golpe final para o título. No fundo, são dois treinadores à procura de controlo num jogo que tem tudo para ser emocionalmente instável e com tudo a poder deslizar para o descontrolo.